Data: 18.06.2007
Parque temático em mina de sal-gema em Loulé
As minas de sal-gema de Loulé vão 'ressuscitar' sob a forma de um parque temático sobre a indústria mineira, que conta receber 400 pessoas por dia e atrair mais turistas ao interior algarvio.
O aproveitamento turístico das minas de sal-gema de Loulé vai beneficiar da experiência polaca nesta área Turismo mineiro é um produto, até agora, distante do pensamento dos algarvios, tmas isso pode começar a mudar.
No passado dia 16, Mendes Bota esteve reunido em Loulé, com a autarquia, a Região de Turismo do Algarve, os responsáveis da mina (empresa CUF, do grupo José de Mello,) e a senadora polaca Urszula Gacek, da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa. Juntos estudaram os vários cenários para a mina abandonada, destacando-se a presença da senadora polaca pelo facto de no seu país existirem minas de sal-gema em várias cidades e duas delas estarem a ser utilizadas pelo turismo mineiro.
Todos os participantes se vestiram depois a rigor para descerem à mina. Altura em que Mendes Bota sublinhou que, da reunião resultou a ideia da germinação de Loulé com uma das cidades polacas que já têm turismo mineiro, ou Wieliczka, ou Bochnia. “Existe interesse em criar aqui uma escola de artes de escultura no sal ”, exemplificou Mendes Bota.
O interesse demonstrado por todas as entidades algarvias presentes e pelos representantes polacos fizeram com que fosse estabelecido um grupo de contacto liderado pela Câmara Municipal de Loulé, estando para breve uma visita à Polónia, onde poderão perceber melhor a dinâmica deste produto turístico.
"Encontrámos também uma disposição muito forte da Câmara e da Região de Turismo do Algarve para apoiar a construção de um parque temático com uma vertente cultural e turística que consideramos muito importante no combate à desertificação e agora vamos trabalhar a partir dessas bases”, adiantou Mendes Bota.
Segundo referiu, espera-se que a fase inicial do projecto esteja concluída até ao Verão, seguindo-se a fase de decisão política das entidades algarvias e da empresa CUF.
Passados dois anos de extracção suspensa, as minas de salgema, em Loulé, foram reactivadas e estão a apostar em novos nichos de mercado, nomeadamente a segurança rodoviária, onde é utilizado para derreter o gelo, para rações animais e também para a agricultura. Segundo o director técnico das minas, Alexandre Andrade, o que não falta no subsolo louletano é salgema. “Existe minério e muito. Ao ritmo que estávamos a extrair, temos a mina preparada para mais 52 anos”.
O projecto de aproveitamento turística está a ser elaborado desde 1995, mas ainda continuam por definir muitas questões, nomeadamente se a CUF avança sozinha ou com parceiros. Para já, os estudos indicam que após a aprovação, o projecto deverá demorar dois anos a ser posto de pé, confessando Alexandre Andrade aue gostaria de ter o parque estivesse já em "velocidade cruzeiro" em 2011.
Com dezenas de galerias, dois poços verticais, com ausência de água de aquífero no seu interior, temperaturas que rondam sempre os 23/24º durante todo o ano, e uma acústica invejável, o interior das minas faz acreditar em vários cenários, para o aproveitamentos deste espaço ainda por explorar.
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