sexta-feira, 19 de setembro de 2008

ADN e a síntese proteíca

"A compreensão da famosa estrutura em dupla hélice do ácido desoxirribonucleico (ADN) é, sem dúvida uma das descobertas fundamentais da Biologia tendo influenciado decisivamente muito do trabalho que veio a ser desenvolvido posteriormente.
O enorme interesse que desperta deve-se ao facto de ser nesta molécula que está contido o código genético que permite a existência da Vida na Terra.


A História do ADN

O ADN foi descoberto em 1869 por Johann Friedrich Miescher que chegou mesmo a reconhecer que poderia ser um dos agentes fundamentais associados à hereditariedade. No entanto, era composto apenas por quatro componentes básicos (os nucleótidos), número que parecia insuficiente para explicar a enorme diversidade da Vida existente no nosso planeta.
Apenas em 1944 uma equipa liderada por Oswald Avery conseguiu provar o papel fundamental que o ADN desempenhava na transmissão das características hereditárias dos seres vivos; iniciava-se então a corrida, nem sempre leal, para a descoberta da estrutura do ADN.
Coube a um conjunto de quatro cientistas trabalhando em Inglaterra (James Watson e Francis Crick no laboratório Cavendish de Cambridge e Maurice Wilkins e Rosalind Franklin no King's College de Londres) o mérito da descoberta que foi publicada a 25 de Abril de 1953 na revista NATURE sob a forma de um conjunto de trabalhos; os três primeiros viriam a ganhar o Nobel da Fisiologia e da Medicina em 1962.

A forma do ADN e a diversidade de seres vivos

Apesar da enorme diversidade dos seres vivos todos eles possuem uma unidade que se reflecte num conjunto de aspectos estruturais e funcionais comuns. Em especial, todos são constituídos por células e, exceptuando alguns vírus, o ADN que se encontra essencialmente confinado aos cromossomas, é o responsável pela transmissão das características dos indivíduos.
O ADN é uma molécula alongada formada por milhares de milhões de átomos ligados entre si que se dispõem formando sempre duas hélices enroladas em torno de um eixo comum. Cada hélice é constituída por uma cadeia de moléculas mais pequenas (os nucleótidos) que diferem entre si pela natureza das bases que contêm, existindo apenas quatro tipos diferentes: adenina, timina, guanina e citosina. A adenina e a guanina são consideradas bases de anel duplo ou Puricas e a timina e a citosina são bases de anel simples ou pirimidicas.

Na formação nucleótido intervêm reacções de condensação, estabelecendo-se ligações entre o grupo fosfato e o carbono 5' da pentose e o carbono 1' da pentose e a base azotada. Assim se formas as cadeias polinucleotídicas.
Na formação duma cadeia os nucleótidos ligam-se sequencialmente. Assim, cada novo nucleótido liga-se pelo grupo fosfato ao carbono 3' da pentose do último nucleótido da cadeia, repetindo-se o processo na direcção 5'->3'.
As cadeias polinucleotídicas são cadeias antiparalelas, pois as cadeias tem sentidos opostos, ou seja se uma cadeia começa em 5' a outra começa em 3' e se termina em 3' a outra termina em 5'. Apesar disso ambas fazem as ligações no sentido 5'->3'.


A forma como os diferentes nucleótidos se sucedem ao longo das cadeias e o comprimento destas é típica de cada espécie. Cada célula tem cerca de 2 metros de ADN compactados. A coerência entre as duas hélices de cada molécula de ADN é assegurada por ligações fracas (denominadas por ponte de hidrogénio) entre as bases de cada hélice que se unem sempre de uma forma específica: a adenina liga-se à timina e a guanina à citosina. Com o auxilío de uma tabela com a composição quantitativa aproximada das bases azotadas, conclui-se que A+G/T+C tem valores muito próximos da unidade.

Desta forma, em cada molécula as duas hélices não são iguais mas sim complementares sendo o seu conjunto que contém a mensagem genética.

No entanto, as ligações entre as hélices pode ser quebrada e cada uma das cadeias consegue regenerar a outra metade da molécula de ADN. É esta capacidade de duplicação da molécula original, produzindo cópias exactas que permite o processo de reprodução.
Esta notável homogeneidade na constituição e forma de actuar do ADN de todos os seres vivos é sem dúvida um dos aspectos fundamentais da Vida na Terra, reflectindo sem dúvida uma génese comum a partir de um ancestral primitivo.Mas, o processo de replicação do ADN nunca é perfeito e são as imperfeições que ocorrem que acabam por estar na origem de todo o processo de evolução da Vida na Terra ao longo de, pelo menos, 3800 milhões de anos."


Este excerto retirado do site: http://www.poloestremoz.uevora.pt/cienciaCidade/cienciaRua/2008/descobertas2008/estruturaAdn/estruturaADN.html mostra que a descoberta do ADN é recente e que na altura da sua descoberta, os cientistas nao se aperceberam da sua verdadeira importância.
Este excerto foi complementado por frases da minha autoria, de forma a completar o excerto.

Este vídeo mostra que o ADN é bastante complexo ao contrário de que o cientista Friedrich Miescher pensou na altura.



Os seguintes sites ajudam a perceber melhor a matéria e auxiliam tambem na sua apreensão.
http://www.prof2000.pt/users/Jdiogo/DNA-SINTESE-PROTEICA.htm (Exercícios sobre ADN e Síntese Proteica)
http://br.syvum.com/cgi/online/mult.cgi/materia/biologia/dna/BioOne.tdf?0 (Testar os conhecimentos sobre ADN)
http://www.johnkyrk.com/DNAanatomy.html (A anatomia do ADN - ANIMAÇÃO)
http://www.johnkyrk.com/DNAreplication.html (A replicação do ADN - ANIMAÇÃO)

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