quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Diversidade de estratégias na reprodução sexuada - Animais

Existem numerosos métodos, tantos nas plantas como nos animais, que tem como objectivo o favorecimento da fecundação. Isto significa que cada individuo, recorre há estratégia que melhor se permite produzir descendência.

Reprodução sexuada nos animais

Na reprodução sexuada, podemos reconhecer dois tipos de células: um gâmeta masculino e um gâmeta feminino. A principal estrutura produtora de gâmetas é o gametófito, mas também ambos os gâmetas tem a sua formação em estruturas especializadas denominadas de gónadas (estrutura produtora de gâmetas geral).
Os gâmetas masculinos, também designados de espermatozóides são produzidos numa estrutura reprodutora mais especifica, os testículos; enquanto os gâmetas femininos, também designados por oócitos são produzidos em estruturas mais especificas, os óvulos.
O espermatozóide uma estrutura capaz dese movimentar rapidamente com a ajuda de um flagelo, popularmente chamado de cauda, ao contrário do oócito que não se movimenta por si só.
Os animais podem ser classificados quanto ao tipo de orgão reprodutores:
  • Hermafroditas- animais que tanto possuem os gónadas masculinos como também possuem os gónadas femininos.
  • Unissexuados- animais que possuem só um tipo de gónadas (ou masculino, ou feminino).

Fecundação em Animais Hermafroditas

Nem todos os hermafroditas têm um comportamento idêntico. Por exemplo, as ténias (filo Platyhelminthes), , possuem uma cabeça em forma, o escólex, seguida de um grande número de segmentos, os proglótides. Na região terminal do corpo as proglótides maduras sofrem autofecundação, que pode ocorrer na mesma proglótide ou entre proglótides vizinhas, uma vez que o animal se encontra dobrado no intestino do hospedeiro. Este é um caso de hermafroditismo suficiente. Nestes casos, a variabilidade genética reduz-se só a um indíviduo.



No entanto, a minhoca terrestre é um animal hermafrodita que não pratica a autofecundação, mas sim a fecundação cruzada. Aliás, na maioria dos animais hermafroditas a autofecundação é rara, pois estes animais hermafroditas possuem estruturas reprodutoras dispostas de tal modo que a fecundação exige a participação de dois animais. Algumas vezes, os óvulos e os espermatozóides amadurecem em épocas diferentes no mesmo animal, impedindo a autofecundação, ou seja o hermafroditismo insuficiente. Para além da minhoca, o caracol é um exemplo deste tipo de reprodução.



Fecundação em Animais Unissexuados

Nos animais unissexuados, visto cada indíviduo possui só um tipo de gónada, a fecundação ocorre obrigatoriamente entre dois indivíduos.
Existem dois tipos de fecundação:

Fecundação externa

A fecundação externa efectua-se exclusivamente em animais que se reproduzem em meio aquático e a sua eficácia resulta numa libertação simultânea e em grande quantidade dos gâmetas. Posteriomente, os espermatozóides fecundam os óvulos.
A membrana especifica dos óvulos permite que somente os espermatozoides da mesma espécie que os óvulos os fecundem, isto eviencia que só ocorre fecundação entre indíviduos da mesma espécie. Um exemplo deste tipo de reprodução são a maioria dos ouriços-do-mar, que vivem fixo nas rochas do mar. Em determinadas épocas do ano, os machos lançam seus espermatozóides na água, ao mesmo tempo que as fêmeas lançam os seus óvulos.

Fecundação interna

A fecundação interna ocorre no interior do organismo dos seres vivos. Os machos introduzem os espermatozoides no sistema reprodutor das fêmeas, ocorrendo o fenómeno da fecundação. Jamais poderia ocorrer fecundação externa em meio terrestre, visto que os gâmetas sofreriam dessecação.


Tendo em vista à fecundação, nos animais unissexuados, ocorrem rituais de acasalamento ou paradas nupciais, que são comportamentos estratégicos reconhecidos entre os parceiros sexuais, permitindo assegurar a continuidade de certos genes nas gerações futuras.

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